terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Boas Festas!

Agora sim. Estou de férias. Passando aqui só vindo desejar, para todos os amigos e leitores do blog, um feliz natal para todos e um ótimo ano de 2013. Boas festas! Não comam muito e se divirtam!


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Juliano, Patrícia e Gabriele, os romanos e os bárbaros.

Última aula do ano e estava na dúvida sobre o que deveria fazer nas minhas turmas do sexto ano do ensino fundamental. Como era a última aula e a matéria estava fechada, os alunos queriam aproveitar, em clima de festa, este momento. Porém, alguns alunos já estavam em recuperação, e portanto, precisava aproveitar esta última aula para arrematar ponto soltos, tirar dúvidas e reforçar a matéria. Decidi realizar um tarefa que aliasse prazer e conteúdo. No mês de outubro participei de um curso sobre como utilizar histórias em quadrinhos dentro da sala de aula. Resolvi colocar em prática o que aprendi e o resultado foi melhor que o esperado.
Como a turma em questão era pequena pedi ao alunos que se dividissem em grupos de três alunos. Cada grupo deveria fazer uma história em quadrinhos sobre a Queda do Império Romano. Eles deveriam escrever um roteiro para a história onde aparecessem os seguintes tópicos:
1. Invasões bárbaras.
2. Novas classes sociais: honestiores e humiliores.
3. Império Romano do Oriente.
4. Edito de Milão
5. Questão Iconoclasta
6. Ruralização da Europa
7. Sistema de Colonato e Servidão.
Expliquei o que era história em quadrinhos e levei também alguns exemplares de sebo para que eles tivessem exemplos, como turma da mônica, x-men, menino maluquinho, super-homem e outros. Expliquei como se construía uma história em quadrinhos, desde os espaços para desenho, o roteiro que deveria ser escrito antes, cada tipo de balão de comunicação, a diferença entre história em quadrinho, tirinhas e charges. 
Com todas as dúvidas sanadas foi hora de rever o conteúdo, expliquei e resumi rapidamente a matéria sobre a Queda do Império Romano, a influência dos bárbaros dentro do Império, a religião cristã, a divisão do Império e o início da Idade Média. Também levei para eles uma história do "Príncipe Valente" (um príncipe que servia ao Rei Arthur e vivia suas aventuras na Inglaterra medieval). Nessa história em questão, Príncipe Valente conhece Juliano, o último romano da antiga Bretanha, que protegia uma muralha onde os vikings (aqui vistos como bárbaros) não se atreviam a chegar, já que para eles Juliano era um deus e imortal. Na história, durante o fim do Império Romano, os soldados e legionários romanos foram sendo retirados da muralha, porém um único soldado ficou, sendo responsável pela proteção da muralha, Juliano. Este Juliano deu ao seu nome ao seu filho que o sucedeu na tarefa de vigiar os vikings. Essa sucessão acabou virando tradição na família e criou, entre os bárbaros na história, a lenda do legionário imortal da muralha.
Os aluno adoraram a história que serviu como base para explicar as invasões bárbaras e a contínua diminuição do exército romano naquela época.
Depois de ler a história foi hora de colocar "mãos na massa" e fazer a atividade em si. Essa é uma atividade muito boa, pois os deixa à vontade para conversar, brincar, ao mesmo tempo que desenham, inventam e consultam o livro. As histórias construídas foram muito boas e serviram para que eles entendessem o momento de crise pelo qual passava o Império do Ocidente no século III e IV d.C.. Eles deram nomes "romanos" e nada romanos aos personagens e criaram histórias de traição, guerra (eles exploraram bastante a questão das invasões bárbaras mostrando cidades sendo saqueadas), fuga dos heróis com seus filhos em busca de uma vida melhor no campo. Até mesmo mostraram a inserção do bárbaro dentro do império, com a história de Patrícia, uma mulher da nobreza (patrícios) que foge das invasões com seus filhos Tiffany e Davi (esse era cristão) que ao final da história casa-se com o bárbaro rico que lhe forneceu casa e comida.
Tudo não foi um mar de rosas até o chegarmos ao resultado final. A turma, inicialmente, não queria realizar a atividade, as atividades foram mal distribuídas e precisei intervir para que a "coisa andasse", mas no fim valeu a pena. Eles leram os seus trabalhos e riram dos seus desenhos. Tenho certeza que aqueles que ficaram de recuperação tiveram uma oportunidade de rever o conteúdo, ao mesmo tempo em que todos se divertiam.

A história de Patrícia, a romana

Os bárbaros invadindo a cidade de Patrícia.

Capa da história em quadrinhos

Roteiro da história

Final feliz da história, Patrícia e seus filhos casados

Os bárbaros invadindo outra cidade.

No campo, a plebéia Gabriele indo trabalhar nas terras do senhor como colono.

O início de um feudo.

A cidade vazia, todos foram para o campo. Detalhe para a torre de Pisa.

O Imperador e o Edito de Milão.



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ballet é para poucos.

Você já foi numa apresentação de ballet?
1. Se sim, continue lendo o próximo parágrafo.
2. Se não pule para c.

Sim: Você assistiu a uma apresentação de ballet. Você então:
1. Dormiu. Lei o paragráfo b.
2. Vibrou. Continue lendo.



a. Quem vibra num ballet, provavelmente é ou já foi um bailarino. Se não, têm na alma uma coisa enrustida, uma frustração por não ter feito (ainda, vide o tanto de aula para master aparecendo por aí). O ballet é vendido como algo mágico, que proporciona minutos de pura beleza, elegância e perfeição. Sim o ballet é tudo isso, mas também é dedicação, aos calos, à dor, ao treinamento, à dieta, ao suor e à perfeição, novamente. Todo bailarino quer ser perfeito. Todo bailarino é rival de si mesmo. Ele luta contra suas "imperfeições" físicas e psicológicas. Físicas, pois todo o movimento do bailarino é anti-natural. Difícil são aqueles que nascem com "pernas em x" (joelhos voltados para trás), com linhas de pernas, tronco e braço perfeitos. Se nascem são prodígios, se conseguem através do treinamento são campeões. Psicológicas, pois todo esse esforço não vêm fácil. Você adequada sua vida à dança. Ela é sua vida, nada mais existe.
Quem vibra com o ballet sabe de tudo isto. Quem ama o corpo de baile, sabe que aquilo vêm de todo um esforço, que nada deve ser desproposital. Um linha de dedo fora do lugar é um erro.
Quando eu vi o filme Cisne Negro, vi com um grupo de amigos ansiosos em ver o filme. Confesso que relutei um pouco, em parte, porque não vi nada de impressionante no roteiro. Durante a "sessão", a conversa toda foi em torno das coisas horripilantes do filme: os dedos sangrando, a magreza, o esforço, as sapatilhas duras, os alongamentos constantes e impossíveis. Tive que manifestar: "gente, mas ballet é isso? Vocês achavam que era o quê? Isso é algo tão normal ...". Virei a alienígena na sala. A conversa girou em torno do porque as pessoas fazem coisas desse tipo com o próprio corpo. A resposta "porque amam a dança", não foi satisfatória.




b. E aqui entra a opção você dormiu quando viu um ballet. Meu Pai dormiu em todas as minhas apresentações e de Irmã também. O ronco dele era regra em todas as apresentações. Ele nunca deixou de ir, mas nunca conseguiu apreciar. Só acordava quando nós entrávamos em cena. Ele nunca gostou, achava nossos pés enfaixados bizarrices de Mãe, angustiada em torturar as filhas com aquilo. Que era melhor cursos de inglês e informática. Ballet não é para todos. E se você está com alguém que ama a dança, só lhe restam duas opções: ou você gosta ou dá o braço a torcer. Você não irá entender nada dos movimentos, dos sinais velados que somente quem faz parte do "clube" da dança conhece e interpreta. Namorido foi ver comigo O Quebra-Nozes. Fomos em uma apresentação da Ana Botafogo. O levei na esperança que ele gostasse da dança, mas no fundo sabia que ele não tinha esse perfil. Ele não dormiu, mas achou tudo entendiante, quadrado, sem significado, rotulado e preconceituoso. Algo típico do século XIX. Para quem não sabe os ballets clássicos em sua maioria foram "criados" no século XIX. Errei em levar Namorido, mas como aprendemos com nossos erros, saibam que se você ama ballet, não se esqueça que esse amor é seu, não de outros.






c. Se você não assistiu à uma ballet, vá se você realmente quer assistir. O ballet é algo que precisa ser experimentado para apreciar o gosto. Não vale o rótulo "não gosto, nem nunca assisti". Recomendo um ballet curto e mais clássico. Não vá achando que irá adorar Lago dos Cisnes. São 4 horas sentado. Aja bunda, imagina se odiar.




De tantas dificuldades, o relaxamento e as mudanças.

Nos últimos tempos, tenho andado instável. Instável temporalmente, psicológicamente, intelectualmente, profissionalmente e principalmente ociosamente. De tantos "mentes", o ócio veio ao meu encontro, meio que na contramão da pista de mão única. Imposto radicalmente para me fazer refletir e refletir sobre o refletir. Parece um pleonasmo, mas é óbvio, que para seres mortais como eu, nada é tão óbvio assim. 

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

007, as bondsingers, as bondgirls e tudo que eu não gosto nesses filmes.


Eu não gosto dos filmes da série 007. Já assisti aos antigos, daqueles que só faltam as onomatopéias do seriado do Batman, daquele 007 loiro Sean Connery e seu rival dentes de aço que comeu os cabos do bondinho, do agente gigôlo do Pierce Brosnan e esse novo, do nada bonito, mas dizem as mulheres muito macho, Daniel Craig.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

De como ser anormal, num mundo anormal com pessoas que se dizem normais.

Por questões de censura vindos do companheiro de todas horas, esse post foi retirado do ar. Deixamos aqui nosso lamento à esse crime de liberdade de expressão tão corrente no nosso país. Hoje, o Brasil perdeu mais uma vez para o autoritarismo, a corrupção, a lavagem de dinheiro, a politicanalhagem de nossos políticos e companheiros. Camaradas, o Blog Senhorita Lili repudia a Censura, mas sua autora ama demais Namorido (ama e debocha) e por isso que atende a esse pedido do tão difamado ditador nilopolitano.

Namorido te amo! Mas precisava debochar da sua cara! kkkkkk

Entre ouvidos 2

1.
Aula transcorrendo numa tranquilidade, explicação e resumo para a prova de história sobre Europa revolucionário do século XIX. Alunas 1 e 2 em cochicho. Aluna 2 diz uma besteira. Aluna 1 em bom tom:
Aluna 1: Nossa às vezes parece que desse uma coisa da cabeça da aluna 2, sei lá, professora.
Aluna 2: São lágrimas amiga!

2.
Homem chegando em shopping. Mulher, velhinha e moça sentada com sacos e sacos de compras.
Homem: - "Que merda é essa?"
Mulher com velhinha do lado: "O preço da da felicidade."
Homem: - "Vocês compraram tudo isso?"
Mulher: - "Nós não! Sua filha! Agora ela é cliente premium!"

3.
Conversa em sala de aula. Professora passando resumo da matéria no quadro:
Aluna 1: "Espera só que vou dizer umas verdades na cara dela."
Professora: "Aluna 1, quem é você pra dizer verdades pra alguém?"
Aluna 1: "Ninguém, mas um dia eu vou ser. Tenho que pensar no futuro."

4.
No plataforma do metro chega uma composição lotada. Velhinha pergunta para a moça:
Velhinha: "Esse vai para a Saens Peña?"
Moça: "Não, esse vai para a Pavuna."
Velhinha: "Graças à Deus. Ele existe."

5.
Na fila imensa para ver a exposição dos Impressionistas no CCBB. Duas alunas de faculdade e uma professora se conhecem.
Aluna 1: "Eu faço Serviço Social!"
Mulher: "Eu sou professora de História".
Aluna 2: "Eu faço engenharia, mas quero ir para História."
Mulher: "Posso ser sincera com você? Larga engenharia não. Larga é a História."


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Curiosidades da irmã

Decidi fazer esse post diante da situação em que me encontrei hoje (17/10/2012), ao chegar em casa depois de um dia estressante de trabalho.
Mas antes, vamos descrever irmã. Irmã é uma pessoa linda, uma mulher linda, mas com oscilações de humor terríveis. Ela é inteligente, perspicaz, criativa, canta e desenha bem, é bonita de alma e corpo, mas Irmã detesta as manias que minha família possui. Somos nada organizados. Não lavamos a louça, não guardamos a comida, não limpamos a casa, só quando é extremamente necessário. Não que vivamos em meio à bagunça e lixo (meu quarto já beirou a isso), mas adiamos sempre o quesito limpeza. Irmã não. Irmã é certinha, e hoje ri muito da situação que encontrei ao chegar em casa.
Detalhe eu e minha mãe por que, coincidentemente, chegamos juntas.

Chego em casa e encontro no portão de casa:


Na tomada do wireless:


Na mesa da cozinha:




Em cima da pia da cozinha:


Na janela do meu quarto:


Segundo minha mãe, Irmã "estava com a macaca hoje". Achei muito criativo e hilário. Sei que ao ler esse post, terei sido sentenciada à morte, mas convenhamos, nossa família sempre foi assim. Mudar tão drasticamente será possível? A família no caso, possui quatro membros, não podemos esperar que três deles tenham o mesmo comportamento e visão que nós temos. Isso eu aprendi à muito custo nas sessões de terapia. E vejo que muitas ainda não aprenderam. Irmã sabe disso, mas acredito que num momento de "fúria", ela tenha deixado tais bilhetes.
Agradeço a ela, pois meu dia que até então tinha sido horrível, ficou doce. Lembrei de quanto amo minha irmã e que tentarei me esforçar em lavar a louça pelo menos, desligar os eletrodomésticos e recolocar as coisas no lugar. Sinto muito pelos gatos, mas isso não irei mudar. Ops: será que os bilhetes deram um pouco certo? Veremos.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Feliz dia dos Professores

Cá estou eu na mesmice do meu quarto pensando (e reclamando) dos ditos alunos que em recuperação estão me levando à loucura, quando percebo que hoje é dia do professor! Sim, dia do professor .... deveria ser feriado nacional, mas não é? Afinal todo mundo nesse Brasil é autodidatica! Prá quê aprender a ler e escrever com alguém?! Enfim ....
Resolvi então fazer uma homenagem a meus colegas de profissão com algumas imagens que encontrei na web. Imagens felizes, outras tristes, outras zoadas, outras feitas por alunos, mas todas visões do professor, todas fazem parte da realidade. Espero que gostem! Crédito das imagens abaixo.

Feliz dia dos professores!



professor-calma-calma


dia do professor 15 de outubro









Por fim:

"O BOM PROFESSOR…
Não falta ao trabalho
Não desiste de nenhum estudante
Concentra-se na aprendizagem dos alunos
Planeja as aulas
Mantém uma boa relação com as famílias
Ensina os alunos a estudar
Aprimora seus conhecimentos"

Fonte: http://www.cpers15nucleo.com.br/index.php?id=not2012


http://poquepena.blogspot.com.br/2009/09/ah-sim-nem-essas-exoticas-criaturas.html

http://www.temasbuscados.com/wp-content/uploads/2012/01/agradecimento-para-o-dia-do-professor.jpg

http://acertodecontas.blog.br/economia/professores-das-ifes-ganham-menos-do-que-no-governo-fhc/

http://www.seduc.ro.gov.br/portal/index.php/noticias-all/200-homenagem-ao-dia-do-professor.html

http://www.superrecados.com/

http://aprendaecrie.blogspot.com.br/2012/07/a-saude-do-professor.html

http://blogdotas.terra.com.br/2012/02/07/professor-brasileiro-tem-o-terceiro-pior-salario-do-mundo/

http://tenso.blog.br/tag/seu-madruga/

http://www.cpers15nucleo.com.br/index.php?id=not2012

http://www.apeoesp.org.br/





domingo, 14 de outubro de 2012

Eu, o verde e mais verde - parte 2.

No mesmo final de semana da "exploração à la Indiana Jones" da Floresta da Pedra Branca. Eu e namorido decidimos ceder às pressões paternas e conhecermos a chamada mata ou Campo de Gericinó, uma das única áreas de lazer da cidade de Nilópolis. Claro que escondidos, porque nunca damos o braço a torcer.
Enfim, tinha passado todo meu sábado em meio à Mata Atlântica cheia de passarinho e árvores enormes, tucanos, preás e outros animais, mas nada havia me preparada para o Gericinó. Era a Savana Africana!


Um sol torrante, estradas de asfalto e mato baixo com algumas esparças árvores. Confesso que agora, depois de muito tempo correndo e humilhando o sedentário namorido, gosto muito do local. Mas naquele momento a única coisa que gostei foi a proximidade com as nuvens.

Em conversas posteriores com meus sogros descobri que o campo nem sempre teve tal vegetação. Que em pouco tempo a área do Parque foi desvatada por queimadas, lixo, uso indevido do local e obras, cujas finalidades são desconhecidas pela maioria. É difícil todo final de semana, único momento que utilizo o local, perceber queimadas e lixo por todo lado.

Quando fomos pela primeira vez, fomos alertados para não irmos para o lado de Mesquita. Que nos restringíssemos à área com asfalto perto de Mariópolis. Fomos em festival de Pipa, de avião com motor, sem festival e de fato, nunca vimos ninguém avançando para o lado de Mesquita. Eis que algumas semanas depois, ocorre o cruel assassinato dos seis jovens no local. 

Na eleição recente para prefeito de Nilópolis, vi um poster do atual prefeito tentando a releição enumerando as "incríveis" obras e melhorias que realizou no Parque de Gericinó. Detalhe, no poster parecia outro Parque de tanto que foi utilizado Photoshop.

Uma área que deveria ser o lazer de uma cidade, já tão privada de outros tipos de lazer, não deveria ser mais cuidada? Claro que o governo deveria ter uma participação mais ativa, mas porque a população também não se manisfesta? Porque ao invés, de queimar, depredar, ou simplesmente jogar seus bodes, cabras, gansos e cavalos no Parque, a população não contem essas atividades e preserva minimamente o local. Esse Parque traz uma grande questão: como a população vê, ou deveria ver, uma área pública e preservá-la sustentavelmente. E aqui não falo de técnicas de sustentabilidade, mas de simples educação e amor pelo local de moradia. Criminalidade e devastação são a meu ver consequências da inutilidade que aquela área possui para a grande maioria da população local. Vemos, hoje, um crescimento na cultura eco na sociedade. Mas esse crescimento precisa acompanhar prático e não ser apenas discursivo. O Parque de Gericinó sofre as consequências, ele e todos outros parques e florestas que deveriam ser respeitas e preservadas. Quando o homem vai criar a consciência que sem a natureza, ele não é nada? 

Ps: Perdi minhas fotos do campo. Posto aqui uma foto retirada do blog: http://adrianoesporte.blogspot.com.br/2009/06/corrida-e-caminhada-na-baixada.html

Entreouvidos

1. Irmã e eu sentadas horas no meu quarto sem dizer uma palavra quando:
Irmã: "Acho que os escritores renascem com gatos!".
Eu: "Ahm? Como assim?"
Irmã: "Pense, o que os gatos seriam em outra vida? Escritores!"
Eu: "Então quem eram nossos gatos?"
Irmã: "Zoé seria uma escritor de best-seller muito ruim, mas que vendeu muito e ficou bilionário. Lili seria o Marquês de Sade. E Pretinha foi o escritor da tese de história mais chata do mundo."
Eu: "......".

2. Mulher 1: "Animais são umas gracinhas!". 
Mulher 2: "Minha gata Zoé têm um M na cabeça". 
Mulher 1: "Um M?". 
Mulher 2: "Sim. M de Merda!!!!!"

3. Namorido: "Nossa achei um jogo de RPG que parece ótimo!"

Eu: "Qual o nome?"
Namorido: "Best friends. É sobre um grupo de colegiais que são melhores amigas, mas se odeiam."
Eu: "........ É ótimo para homens jogarem."
Namorido: "Porque?"
Eu: "Porque com mulher o buraco é mais embaixo."

4. Era uma vez uma aluna, uma bolinha de papel no chão, a latinha de lixo, toda a turma olhando. A aluna se levanta, encaixa a bolinha entre as pernas e tenta dar um drible. Resultado esperado: bolinha dentro da lixeira. Resultado obtido: Aluna de bunda no chão, ataque de gargalhada da professora e o apelido "Ronaldinha, a fenômena"!


5. Eu no meio da praia de Copacabana: "Conheceu um estrangeiro? Ensine-o a falar palavrões em português ....".


6. Aluno 1: "Fêssora pq os gregos só andavam pelados?" 

Aluno 2: "Cara, os gregos eram pervertidos. Eles inventaram a democracia e a pedofilia."
Eu: "Quem disse que os gregos eram pervertidos e pedófilos?". 
Aluno 2: "Fêssora, olha as estátuas deles!".
Meia-hora depois e muita explicação sobre arte e conceito de beleza para os gregos antigos:
Aluno 1 olhando uma escultura:  "Fêssora, agora eu sei porque os gregos eram pervertidos. Olha o tamanho disso! O velhinho ainda dá pro gasto!"

7. Aluno:  "Fêssora, seu niver é amanhã?". 

Eu: "É". 
Aluno: "Posso te dar um presente?". 
Eu: "Querido não quero presente, quero nota alta...".
Aluno:  "Isso é impossível."

Por hoje é só pessoal.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Passeios pedagógicos: os dilemas e dificuldades - parte 1

Durante esse ano de 2012 realizei alguns passeios pedagógicos com os alunos de uma das escolas onde leciono. Os passeios foram bem realizados, tiveram amplo sucesso e êxito. Mas o seu desenvolvimento foi problemático. Entraves dos alunos, da direção e de outros professores são as minhas maiores dores de cabeça quando "invento" um passeio pedagógico. Alunos que não podem ir ou que não querem, professores que acham tudo uma perda de tempo e direção contrária à uma ideia mínima de organização, sempre me fazem pensar se devo mesmo realizar os tais passeios. 
Para começar, minha ideia de passeio escolar, não é somente "vamos conhecer o museu e voltar para a escola". Gosto de realizar uma preparação pedagógica prévia, de ir antes aos locais, conhecer os espaços, elaborar materiais didáticos para serem realizados durante o passeio e preparar os alunos para o evento. Dedico sempre uma ou duas aulas para ensinar os alunos o tópico do passeio, o comportamento adequado e estimulá-los ao conhecimento.
Pode parecer trabalho extra da minha parte, mas o resultado é surpreendente.
Consegui realizar dois passeios em uma das escolas particulares onde leciono história, vamos chamá-la de escola 1. A outra escola, até hoje não conseguiu disponibilizar o tal transporte, vamos chamá-la de escola 2.
Na escola 1, escolhi dois passeios relacionados às matérias do 6º e 8º anos, turmas em que leciono, formação da cidade do Rio de Janeiro e Sítios Arqueológicos. O primeiro passeio foi ao Centro Cultural da Marinha, com passeio pela Baía de Guanabara e à Ilha Fiscal. Uma vez lá, fomos direto para passeio de barco, ponto alto do passeio, onde eles se divertiram e prestaram atenção às explicações da guia turística. Em aula anterior, com um mapa do Rio de Janeiro, havia explicado onde se localizavam os pontos turísticos, as cidades de Niterói e Rio de Janeiro, o que era a Ilha Fiscal, o que foi a Segunda Guerra Mundial, e os vestígios arqueológicos que podemos encontrar no local. As informações da sala de aula se complementaram com o passeio. A cada volta, eles se surpreendiam com as formações rochosas estudadas nas aulas de geografia, discutíamos a poluição da Baía de Guanabara e o desenvolvimento sustentável, vibravam com a "descoberta" do Pão de Açúcar e o morro Cara de Cão, levando os turistas aos risos. Tiraram fotos maravilhosas, se comportaram exemplarmente e saíram com um sorriso no rosto, pois puderam comprovar que aquilo que aprendiam em sala, no linguajar deles, "realmente existia" e "era importante". 


Terminado o passeio de barco, fomos às instalações do museu. Se encantaram com o barco de D, João VI e pedi à um aluno explicar quem era o príncipe regente e depois Rei de Portugal e Brasil. Depois em uma maquete da Baía e das instalações militares da marinha confirmei se eles agora sabiam se localizar na maquete.  Lá também , eles tiveram o primeiro contato com vestígios arqueológicos, confirmando nas suas cabeças o que seriam os tais vestígios que o livro de história tanto falava. 
Depois fomos aos navios. Ficaram maravilhados com as armas utilizadas na 2º G.M. e com o submarino-museu. O helicóptero não fez tanto sucesso, até porque eles queriam ir à Ilha Fiscal imaginando ter uma "festa como o do último baile da família imperial". Para nossa surpresa, bem na nossa vez, o pier que liga a Ilha ao continente cedeu e ficamos literalmente a ver navios. Conformados, lanchamos e foram comprar suvenirs na lojinha do Centro Cultural. 
A questão nesse passeio foi apresentar a cidade em que moram, uma vez que eles mal conhecem seu bairro. Contar um pouco da história do Rio e tentar tirar do nível da abstração e trazer para o concreto, conceitos como vestígios arqueológicos, formação da cidade, etc. Considero que o passeio foi muito bem sucedido. Uma vez em sala de aula, realizamos várias atividades como redação, escolha das melhores fotos tiradas, debates sobre a importância das forças armadas para um país, da despoluição da Baía de Guanabara. No fim saímos da disciplina história e realizamos uma discussão que envolvia outras questões, tão importantes quanto à matéria, e que serviram como reflexão para as turmas.
Agora o ponto baixo do passeio: a escola foi super organizada, conseguiu o nosso transporte, resolveu toda papelada e me deixou à vontade para realizar as atividades e o passeio conforme meu desejo. O único problema foi a companhia. Não pude escolher o professor auxiliar e infelizmente, o escolhido, não aprecia as atividades "fora da escola". A situação chegou a tal nível de estresse que os alunos perceberam a insatisfação do professor. Um clima ruim que poderia ter sido contornado.
Me pergunto, porque a maior parte dos professores hoje não gostam de realizar passeios pedagógicos? Minhas melhores lembranças escolares foram os passeios aos parques de diversões, à Petrópolis, aos museus da vida. Sempre fui nerd, mas a bagunça no meio do caminho também era imperdível. Sair dos muros da escola e ir para "um lugar diferente", percebo que até hoje, é desejado pelos alunos. Sim, a aula cuspe e giz (no caso atual cuspe e quadro branco) é confortável, dá menos trabalho, mas é menos enriquecedor. O magistério é reinventar-se o tempo todo, aprender com os alunos ao mesmo tempo que eles aprendem com você, é uma troca de conhecimento, que não deve ser realizada apenas dentro da sala. Temos disponível hoje redes sociais, informações, vídeos, músicas, livros, recursos que nossos professores não possuíam. Talvez por isso eles se valessem desses "passeios" para acabar com a monotonia das aulas. Essa pode ser uma explicação, mas não a finalização. Temos imensa dificuldade  em utilizar todos esses recursos de modos satisfatório, isso por si só já é um problema. Mas largar de mão outro recurso prazeroso e enriquecedor como o passeio-pedagógico é um erro enorme. Nesses passeios, quando bem elaborados, são melhores que muitas aulas cuspe e giz. Ali o aluno têm a oportunidade de aprender na prática, tocar o instrumento abstrato tão comentado nas aulas, conhecer seu entorno e a si próprio. Ele aprende e apreende conceitos e modo de viver que até então lhe eram desconhecidos, ele está no mundo, como um observador e um produtor de conhecimento. Nós, professores, também aprendemos sobre nossos alunos. Seu comportamento, interesse, "sacadas", tudo isso serve para entendermos a pessoa com que lidamos algumas horas semanais, a quem temos de responder a todo momento a famigerada pergunta "porque temos que aprender isso?", mesmo que ela não seja verbalizada. Um passeio-pedagógico não é uma ótima maneira de respondê-la? Fica a reflexão.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Dicas de como criar três gatas de idades e personalidades diferentes em casa.


Baseada na minha experiência de 10 anos como "criadora" de gatos, decide fazer esse post para ajudar pessoas que tenham alguma dificuldade ou dúvidas sobre como cuidar de mais de um gato dentro de sua casa e ter o mínimo de paz possível.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Existe vida acadêmica depois da pós-graduação?

Cá estou eu preparando uma apresentação de pesquisa, quando me pego refletindo sobre toda a minha produção acadêmica dos ultimos meses: zero. Desde junho do ano passado, quando defendi a dissertação eu não produzi, li e nem pensei em fazer nada sobre pesquisa. De certa forma isso é muito bom, se pararmos para pensar que desde que entrei na faculdade eu não "tirei férias" um minuto sequer. Saí da graduação direta para o mestrado, passando por uma licenciatura e uma gravidez inesperada. Terminei um noivado, comecei outro e juntei os trapos. Mas e agora? Pesquisa aonde? Doutorado sobre o que?
Nesse meio tempo consegui algumas escolas para lecionar, o que me proporcinou vivenciar a docência, coisa que eu só havia visto no estágio no CAP-UFRJ. Mas e a pesquisa?  Gosto de lecionar, me relacionar com os alunos, mas sinto falta do meio acadêmico, das pesquisas em biblioteca e arquivos obscuros e renomados. Sinto falta das leituras, mas sinceramente não sinto falta da pressão, dos prazos e das apresentações. Esse sempre foi o pior momento para mim. Me dê um relatório para fazer para amanhã, uma dúzias de livros para ler em inglês, mas não me faça falar em um evento científico. E cá estou eu fazendo uma e sentindo meu estômago se revirar. 
Ano passado, comemorando os 10 anos de atividades a Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Fiocruz decidiu fazer uma jornada, convidando egressos, alunos externos e internos. Fui em algumas mesas e foi ótimo, muitas pesquisas interessantes, revi algumas pessoas, tomei notas, mas falar não é comigo. No meio de tudo isso, surgiram de novo as "pressões" por publicações, pesquisas e doutorado. 
Enquanto me arrastava em produzir os roteiros e slides da apresentação encontrei uma página muito boa, que me fez gargalhar. Como apimentar sua defesa de dissertação ou tese (http://www.posgraduando.com/humor/como-apimentar-sua-defesa-de-dissertacao-ou-tese) traz dicas de como tornar mais divertida e interativa a defesa. Servem também para a apresentação em geral se você tiver coragem de responder com mímica (apesar que já vi muito gente fazendo algo do tipo), passar a caixinha por que muito provavelmente quando sua defesa acabar você estará desempregado (eu tinha que ter feito isso RS) ou descrever as partes da dissertação com uma dança interpretativa.
Como péssima palestrante, sei que sou capaz de formular inúmeros motivos para dizer o quanto imprestável são as apresentações orais. Mas como minha própria "estraga-prazer", também sei o quão importantes são esses momentos e nada melhor do que rir da nossa desgraça. Talvez siga a dica de contar uma piada num momento tenso ao invés de suar frio na apresentação desse ano.

Nota: Como o e-mail de confirmação da apresentação demorou a chegar estava até aliviada pensando que talvez tivesse sido recusada no evento. Como sou inocente .....




Eu, o verde e mais verde - parte 1.

Desde criança, meus pais me incentivaram a praticar atividades físicas. Todos os três filhos ocupavam suas tardes, com aulas de dança. judô, natação. futebol, vôlei e derivados. Resultado: filhos fortes, resistentes e esbeltos. Eis que fiz 18 anos, comecei as trabalhar, abandonei as aulas de dança e em 10 anos engordei, engordei, engordei. Depois de anos de tirania dos exercícios físicos, resolvi fazer absolutamente nada e comer tudo o que eu não podia nos meus anos de mocidade.

Minha praça é cosmopolita.

Desde que me entendo por gente, e um pouco antes disso, moro na mesma casa em frente a uma praça. Durante a minha infância ela era o nosso terreno baldio. Só tinha 4 árvores (mangueiras sempre carregadas) e muita lama. Brincávamos, se lambuzavam (os outros porque eu sempre fui uma lady), corríamos e levávamos nossos cachorros para se aliviarem, sem a postura politicamente correta do saquinho, até porque nessa época isso não existia.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Jacarepaguá e seus hospitais: o processo de urbanização e a saúde na Colônia


Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr! 
Mas que nervoso estou 
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr! 
Sou neurastênico 
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr! 
Preciso me tratar, senão eu vou prá Jacarepaguá 
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr! 
Mas que nervoso estou 
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr! 
Sou neurastênico 
Preciso me casar, senão eu vou prá Jacarepaguá 
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr! 
Mas que nervoso estou 
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr! 
Tou Neurastênico 
Bbbbbbbbrrrrrrrrrrrrrr! 
Preciso me casar, senão eu vou pra Jacarepaguá 
Tão amoroso sou, quem já provou gostou 
Preciso me casar, senão eu vou prá Jacarepaguá 
Eu sei que elas me querem, mas é para casar 
Eu digo que me esperem porque depois da festa 
HÁ HÁ HÁ HÁ!!! 
(Neurastênico – Ronnie Cord) 

Em 1963, quando Ronnie Cord emplacou a música “Neurastênico” nas rádios cariocas, o cantor utilizou uma associação que estava enraizada no imaginário da população da cidade: Jacarepaguá, a área dos grande hospitais e da Colônia Juliano Moreira (CJM). Desde 1924 funciona aos pés do maciço da Pedra Branca, o hospital-colônia que chegou a abrigar, na década de 1940, quase 5.000 mil pacientes. Hoje, considerado uma sub-região de Jacarepaguá, com características próprias e alvo de intervenção direta do PAC, a Colônia foi ao longo dos anos se desenvolvendo dentro e ao redor da antiga instituição psiquiátrica, considerada em meados do século XX, uma das mais modernas da América Latina.

A díficil e solitária missão de ser uma professora comprometida.

Comprometida. Foi essa a definição que a coordenadora pedagógica usou para me elogiar. Disse coisas lindas para mim na frente de outros professores (o que só fez com que agora eu tenha um alvo no meio da cara). Após fugir dessa explanação e exploração da minha imagem, entrei na sala de aula e comecei a refletir  sobre o porquê dessa encenação toda. Após ficar contagiada pela veia conspiratória do meu namorido, pensei no que a coordenadora quis dizer com comprometida. Percebo que a maior parte desses coordenadores, diretores e todos os "ores" de uma escola particular confundem dedicação ao ensino com dedicação à empresa. A escola particular é um empresa que vende ao seu cliente o ensino. Isso justifica a cobrança desmedida da direção na sua "produção" em sala e nas notas finais. Mas o que essas empresas não percebem é que o bom  educador é aquele que não se preocupa com notas e avaliações e sim com a qualidade do seu ensino.

A vida de uma fóbica de palavras.

O que você faz quando sabe que está embarcando numa furada? Se atira no buraco, vai fundo e reza para não ter muita dor de cabeça. Estou me sentindo assim desde que concordei em escrever uma vez por mês no Blog do IHBAJA. Somos quatro e cada um deve escrever um post a cada semana diferente. Enfim, é a minha vez e cá estou eu tentando escrever algo decente que agrade a mim e ao grupo.
A página em branco me olha, eu olho de volta, e ficamos nessa dança durante dias, até que um "santo" diz: "escreve algo curto sobre a instituição que você pesquisa". Eu digo: - "que lindo adorei!" E me f$*&# porque me lembro que como uma boa pessoa prolixa não consigo escrever algo curto.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Retomando o blog: apresentando os felinos da minha vida.

Bom dia.
Estou retomando o blog depois de mais de seis meses parado. A primeira mudança foi o nome: agora é Senhorita Lili em homenagem a minha matrona felina Lili.

Lili está conosco há mais ou menos três anos. Fomos adotados por ela (já que ela cismava em vir para cá mesmo com os baldes d'água na cabeça) e logo ela teve cinco filhotinhos. Percebemos como ela era especial, pois definitivamente ela não nasceu para ser mãe. Literalmente dava seus filhotes para a primeira pessoa que via e saía pra rua. Depois de castrada - e aqui eu emendo lembrando o quanto é importante a castração - ela ficou bem mais caseira. Ela é meiga e adora um carinho desde que não seja no colo. Suas reclamações são famosas. Ela não mia, faz aaargh!!!!!!!!