Cá estou eu preparando uma apresentação de pesquisa, quando me pego refletindo sobre toda a minha produção acadêmica dos ultimos meses: zero. Desde junho do ano passado, quando defendi a dissertação eu não produzi, li e nem pensei em fazer nada sobre pesquisa. De certa forma isso é muito bom, se pararmos para pensar que desde que entrei na faculdade eu não "tirei férias" um minuto sequer. Saí da graduação direta para o mestrado, passando por uma licenciatura e uma gravidez inesperada. Terminei um noivado, comecei outro e juntei os trapos. Mas e agora? Pesquisa aonde? Doutorado sobre o que?
Nesse meio tempo consegui algumas escolas para lecionar, o que me proporcinou vivenciar a docência, coisa que eu só havia visto no estágio no CAP-UFRJ. Mas e a pesquisa? Gosto de lecionar, me relacionar com os alunos, mas sinto falta do meio acadêmico, das pesquisas em biblioteca e arquivos obscuros e renomados. Sinto falta das leituras, mas sinceramente não sinto falta da pressão, dos prazos e das apresentações. Esse sempre foi o pior momento para mim. Me dê um relatório para fazer para amanhã, uma dúzias de livros para ler em inglês, mas não me faça falar em um evento científico. E cá estou eu fazendo uma e sentindo meu estômago se revirar.
Ano passado, comemorando os 10 anos de atividades a Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Fiocruz decidiu fazer uma jornada, convidando egressos, alunos externos e internos. Fui em algumas mesas e foi ótimo, muitas pesquisas interessantes, revi algumas pessoas, tomei notas, mas falar não é comigo. No meio de tudo isso, surgiram de novo as "pressões" por publicações, pesquisas e doutorado.
Enquanto me arrastava em produzir os roteiros e slides da apresentação encontrei uma página muito boa, que me fez gargalhar. Como apimentar sua defesa de dissertação ou tese (http://www.posgraduando.com/humor/como-apimentar-sua-defesa-de-dissertacao-ou-tese) traz dicas de como tornar mais divertida e interativa a defesa. Servem também para a apresentação em geral se você tiver coragem de responder com mímica (apesar que já vi muito gente fazendo algo do tipo), passar a caixinha por que muito provavelmente quando sua defesa acabar você estará desempregado (eu tinha que ter feito isso RS) ou descrever as partes da dissertação com uma dança interpretativa.
Como péssima palestrante, sei que sou capaz de formular inúmeros motivos para dizer o quanto imprestável são as apresentações orais. Mas como minha própria "estraga-prazer", também sei o quão importantes são esses momentos e nada melhor do que rir da nossa desgraça. Talvez siga a dica de contar uma piada num momento tenso ao invés de suar frio na apresentação desse ano.
Nota: Como o e-mail de confirmação da apresentação demorou a chegar estava até aliviada pensando que talvez tivesse sido recusada no evento. Como sou inocente .....
Nota: Como o e-mail de confirmação da apresentação demorou a chegar estava até aliviada pensando que talvez tivesse sido recusada no evento. Como sou inocente .....
Eu também me sinto mal e nervoso diante de uma apresentação. Toda apresentação é como se fosse a primeira vez.rsrsrsrs
ResponderExcluirComo se fosse a primeira vez... imaginando que poderia ser a última, mas sabendo que no fim das contas haverão outras.
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