Uma das coisas que mais amo em ter me casado com o Jones são os amigos dele. Pela primeira vez os raios cósmicos e as forças do universo se confluíram em um movimento perfeito de entrosamento. Adoro os amigos dele, eles me adoram (acredito eu) e os meus amigos gostam dos amigos dele. Coisa deliciosa. Isso tornou possível uma viagem que o "nosso" amigo Sérgio agendou e coordenou para Paraty, no Rio de Janeiro. Como carioca e historiadora, pasmem, nunca tinha ido à essa cidadezinha encrustada na Mata Atlântica por um lado e cercada pelo mar do outro. Sempre achei que devia ser uma cidade caríssima visto as tabelas tarifárias da maior parte dos hotéis e pousada que vi na internet. Uma dica de pesquisa é esse site: http://www.paraty.com.br/hoteis.asp (Eles fazem uma divisão por preço ou localidade).
Como fomos de ônibus escolhemos uma pousada entre a rodoviária e o centro histórico na Avenida Roberto Silveira (http://www.paraty.com.br/brisadaserra/). A localização foi fundamental já que o Jones não pode andar muito. Ah! E também se forem de ônibus saibam que a viagem demora no mínimo cinco horas. Dramin na veia. Esqueci o meu e me ferrei na volta. Voltando ao post.
Paraty é uma cidade charmosa e deliciosa. Não vou ficar me alongando aqui sobre a história da cidade, pois você pode pesquisar em diversos sites por aí. O que devemos saber é que Paraty teve seu momento áureo na época do ouro quando o caminho real terminava por lá e servia como porto de escoamento dos metais preciosos de Minas Gerais. Da abertura do caminho novo que modificou a rota para o Rio de Janeiro, Paraty viveu quase esquecida quando em fins do século XX foi redescoberta como rota turística. O seu centro histórico é todo tombado e foi por lá que ficamos. Fazia muito frio (15°C) e chovia muito. Mas mesmo assim nossa estadia foi maravilhosa. A população flutuante da cidade é enorme e vários são os idiomas e sotaques que você ouve ali e aqui. Prepare-se que o preço lá acompanha a inflação. Pão com mortadela comprado do supermercado pode ser a grande pedida da noite se você for um viajante pobre como eu. Acordar cedo, só se for passeio de escuna. Se não, apareça por lá só pelas 10h da manhã. As lojas do Centro Histórico só abrem mesmo à tarde e à noite. E tênis, muito tênis nos seus pés. Nada de salto ou sandalhinha. As pedras do Centro Histórico são um desafio à parte para todos os turistas. Eu caminhando com dificuldade, tentando não escorregar e carregar o Jones junto, vi estarrecida dois entregadores de bicicleta zanzando pelas ruas históricas com a mesma destreza que eu caminho no asfalto. Pensei que eles deviam aprender a andar de bicicleta ali antes mesmo de aprenderem a andar. Jones fez malabarismos com a sua bengala, mas não caiu uma só vez. Orgulho do meu menino! Conversando com a dona da Pousada ficamos sabendo que numa obra para o cabeamento subterrâneo de energia, as pedras do centro histórico não foram colocadas corretamente dificultando mais ainda o que já era dificultoso. Seria interessante colocar rampas de madeira nas laterais das ruas, facilitando o acesso às pessoas com dificuldade de locomoção.
Visitar as igrejas históricas de Paraty foi um capítulo à parte. Duas estavam fechadas. A matriz conseguimos entrar e nos deparamos com um cachorro "rezando" aos pés da imagem de um santo. A outra (a de Santa Rita) sofremos bullying. O segurança nos fez dar a volta inteira no quarteirão para que o Jones pudesse chegar na Igreja e ter o prazer de dizer na porta que estava fechada para almoço. Raiva mil.
Comemos no que achamos ser o restaurante mais barato do lugar com um "PF" de R$ 18,00 que infelizmente não comi pois o meu peixe era só espinha.Os demais adoraram seus pratos. Sorte a minha né?! E depois saboreamos um cafezinho no Café Divino. Sensacional! Café coado na sua frente, na sua mesa, com a proprietária que adora conversar tornando tudo muito mais aconchegante. Volto lá com certeza.
Gostaria de agradecer ao Sergio por essa surpresa maravilhosa e por nos ter apresentado ao Ricardo, outra pessoa que dá gosto de conhecer.













Ps.: Fiz 30 anos no domingo.
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